sexta-feira, 29 de maio de 2009

Aldeia

Noutro dia, em casa de uma amiga discutiam casamentos. Uma amiga contava que imaginava que o casamento de alguns seria casamento de aldeia (num sentido negativo de "aldeia" - atraso, "azeiteirada", mau gosto). Na verdade, toda a minha vida fui a casamento de aldeia, e posso dizer, que tirando o mau gosto generalizado dos convidados e o vestido piroso da noiva, o casamento é bastante agradável, boa comida, bem regado, bom gosto na sala e muito boa companhia.
Quanto aos tais casamentos de cidade, tenho tido más experiências e passado muita fome!
Ao observar a Caras no dentista, vi a filha do Fernando Ulrich montada no tractor com os padrinhos, depois do casamento. Foi o meio de transporte escolhido entre a capela e a boda. Portanto, a "aldeia" está na moda!

E porque é que me lembrei disto? Porque fui à oficina onde me pintaram o carro, ali na aldeia, por sinal, a 3ª vez que lá fui, e o senhor logo me perguntou se troquei o mercedes. O mecânico leva-me o carro à inspecção e não cobra (tb sou financeira da sua maior cliente!). O preço dos produtos no supermercado é mais barato que nas grandes superfícies da cidade.

Digamos que, para quem aprendeu a viver na aldeia, isto não é mau de todo.
E, por acaso, não me ofende que usem o termo "aldeia" para ofender.

Pior mesmo, é quando pessoas do litoral se chamam de "serranos" para descreverem pessoas com pouco gosto, com timbre de voz grave ou apenas pessoas simples. Isso é que eu não tolero mesmo! Ser "serrano" é ter estudos e não ter, é ser broeiro e não ser, é ser bem educado e mal educado,é ter bom gosto e não ter, tal como os outros.
Hoje em dia, com a internet e as vias de comunicação, já há poucas meninas pastoras e atrasados há em todo o lado.

Os piores estão na cidade, ou não eu não reparasse em como circulam no trânsito.

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