quarta-feira, 9 de junho de 2010

O valor do dinheiro

Não dou muito valor ao dinheiro. Dou mais valor à mala nova do que à conta recheada. Talvez por ter este defeito detesto dever dinheiro e que me devam.

O meu avô tem uma loja arrendada em que o arrendatário já não paga a renda há 18 meses. O arrendatário é a sobrinha! Questionada sobre o que ele deveria fazer eu apenas respondi: "ponha-a na rua!".

Não consigo pensar duas vezes. Sei que todos precisam de ser ajudados, mas mesmo para alguém ser ajudado tem que mostrar o mínimo de respeito e humildade. A senhora nem se digna a telefonar-lhe a dar satisfações... E depois acham que só porque ele tem algum dinheiro tem que ser a santa casa para os outros. Bolas, tudo tem um limite, e os únicos herdeiros do meu avô são os 3 filhos (que eu saiba!) e esses trabalham à mais de 30 anos tanto ou mais que ele na criação de riqueza sem terem um terço do que o pai teve.

Por ser assim tão má, é que sou castigada diariamente.

O meu avô tem pena da sobrinha. Eu tenho apenas pena do meu avô porque na rua sei que vão dizer que ele é uma pessoa muito má, um bicho papão que até com a sobrinha correu.

Alguém ganha com isto? A sobrinha porque ele deu-lhe a escolher: se sair até Julho perdoa-lhe (??????) os 18 meses de renda; se não sair o advogado que trate. Mais uma vez não entendo porque Deus meteu um coração nos homens.

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